Entre os dias 20 e 24 de outubro, a Caravana dos Bancários no Interior estará presente em cinco municípios do Sertão de Pernambuco. Nesta edição, com o mote “Bancos a serviço das pessoas: por um sistema financeiro humano, social e inclusivo”, o foco junto aos bancários e à população será a precarização do atendimento nos bancos, resultado do aumento de demissões, fechamento de agências e adoecimento dos trabalhadores em razão do assédio moral e metas abusivas.
No roteiro, a primeira cidade que recebeu o grupo de dirigentes sindicais foi Araripina (20/10). A agenda segue ao longo da semana com visita aos bancos e atos públicos em Ouricuri (21/10), Salgueiro (22/10), Serra Talhada (23/10) e Arcoverde (24/10).
De acordo com levantamento realizado pelo DIEESE, em 2.563 municípios brasileiros (46%), não há presença de agências bancárias. Nessas localidades vivem cerca de 18,7 milhões de habitantes, sem atendimento bancário em suas cidades.
“Os bancos, sejam eles públicos ou privados, têm a função social de prestar o atendimento à população. Mas, o que estamos vendo, em especial no interior do Estado, é a redução do quadro de funcionários e o fechamento de agências. Estão sendo formados bolsões de áreas desassistidas pelo setor bancário, que obriga a população a realizar o atendimento digital ou fazer o deslocamento para outros municípios, prejudicando em especial os idosos, pessoas sem letramento digital e o comércio local”, afirma Fabiano Moura, presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco.
Com relação aos trabalhadores, o Sindicato avalia que as demissões afetam as famílias das pessoas demitidas, assim como geram sobrecarga para as unidades localizadas nas cidades polo que recebem os clientes. “Queremos um sistema financeiro humano, social e inclusivo. Precarizar o atendimento é desrespeitar bancários e clientes”, conclui Fabiano Moura.
O presidente do sindicato participou do Jornal da Grande, da Rádio Grande Serra FM/Araripina – 98.1, onde em entrevista concedida ao apresentador Roberto Rivelino falou as ações em cada cidade.
Imagem: Jornal da Grande
Confira a entrevista na íntegra