CPI do INSS: Relator anuncia que vai pedir a prisão de presidente de sindicato ligado a irmão de Lula
10 de outubro de 2025
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O relator da CPI diz que vai pedir a prisão de presidente de sindicato do irmão de Lula. – (Foto: Wilton Junior/Estadão)
Deputado Alfredo Gaspar acusa Milton Baptista, do Sindinapi, de envolvimento em desvios e afirma que a Polícia Federal e a CGU sabiam das ilegalidades
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O relator da CPI do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), anunciou nesta quinta-feira (9) que pedirá a prisão preventiva do presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindinapi), Milton Baptista de Souza Filho. A entidade tem como vice-presidente Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A declaração foi feita ao final do depoimento de Milton Baptista, que permaneceu em silêncio durante quase toda a sessão. “Os dados provados pela CGU e pela investigação da CPMI permitiram saber que o sindicato meteu a mão com força no dinheiro do aposentado […]. E nós não podemos permitir a manutenção da impunidade”, afirmou Gaspar.
Críticas à PF e à CGU
O relator fez uma acusação contundente, afirmando que tanto a Polícia Federal quanto a Controladoria-Geral da União, que conduziram a operação “Sem Desconto” sobre o mesmo tema, já tinham conhecimento das irregularidades, mas optaram por não agir contra a diretoria do sindicato.
“Até esta data, as autoridades estavam botando a mão na cabeça do senhor Milton Cavalo [apelido de Baptista] e de toda a diretoria”, disse o deputado, ressaltando que a CPI “produziu com facilidade o esquema da organização criminosa”.
Frei Chico
O presidente do Sindinapi só quebrou o silêncio para responder a uma pergunta do deputado Paulo Pimenta (PT-RS) sobre o papel do irmão de Lula no sindicato.
“Contrariando o meu advogado, quero dizer que ele [Frei Chico] nunca teve esse papel administrativo no sindicato. Só político, de representação sindical. Nada mais do que isso”, declarou Milton Baptista, negando que tenha usado a influência do vice-presidente para abrir portas no governo.