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Exportações de carne para os EUA têm queda em junho e associação teme maior recuo com tarifas

 Exportações de carne para os EUA têm queda em junho e associação teme maior recuo com tarifas

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Em junho de 2025, as exportações de carne do Brasil para os Estados Unidos diminuíram na comparação com maio deste ano, saindo de 27.413 para 18.232, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

O número de junho também diminuiu com relação ao mesmo mês do ano passado, quando registrou alta de 20.205.

De acordo a associação, a queda em junho é considerada pequena e dentro da média, mas há o receio de que a expectativa de crescimento para o segundo semestre do ano seja revertida diante da ameaça de tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump.

Para o presidente da Abiec, Roberto Perosa, é necessário que o governo federal siga tentando negociar as taxas.

“Já há frigoríficos interrompendo a produção destinada ao mercado norte-americano diante da incerteza sobre a taxação. Com essa nova tarifa, a exportação de carne bovina aos Estados Unidos — nosso segundo maior comprador, atrás apenas da China — se torna inviável”, disse ele, em nota.

O presidente acrescenta a preocupação com cerca de 30 mil toneladas já produzidas, que estão nos portos ou em trânsito, totalizando aproximadamente 150 a 160 milhões de dólares em produtos.

Na sua visão, seria necessária uma prorrogação do início da taxação, uma vez que existem contratos em andamento e não há tempo hábil, até o dia 1º, para ajustes ou cancelamentos, embora já estejam em diálogo com importadores.

De acordo com a associação, a produção norte-americana também corre risco, uma vez que enfrenta o menor ciclo pecuário dos últimos 80 anos. Com isso, os EUA dependem da complementação do Brasil, utilizada, em grande parte, para a produção de hambúrgueres.

“São cortes dianteiros, pouco consumidos internamente, mas com importância econômica para o mercado americano. Hoje já enfrentamos uma tarifa de aproximadamente 36%. Com o acréscimo de mais 50 pontos percentuais, a exportação se torna praticamente inviável. Por isso, reforçamos a necessidade de diálogo, sensibilidade e urgência”, completou o presidente.

Fonte: Agência O Globo

Imagem: Agência brasil

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