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Semiárido Show 2025 consolida-se como espaço de inclusão sócioprodutiva

 Semiárido Show 2025 consolida-se como espaço de inclusão sócioprodutiva

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Com quatro dias de demonstrações de tecnologias, capacitações e interações entre agricultores, pesquisadores, técnicos e agentes de políticas públicas, a 11ª edição do Semiárido Show foi concluída nesta sexta-feira (29), reforçando o papel do evento como espaço de troca de conhecimentos e debates para políticas públicas. A edição 2025 contou com público de cerca de 8 mil visitantes de caravanas originárias de 163 municípios brasileiros, que estiveram no espaço destinado ao evento na Embrapa Semiárido, em Petrolina.

A edição deste ano envolveu mais de 20 unidades da Embrapa e trouxe demonstrações de mais de 100 tecnologias na vitrine da área experimental e no stand da empresa, além de mais de 90 capacitações em formatos diversos. Segundo a pesquisadora Lúcia Helena Kill, chefe-geral da Embrapa Semiárido, esta edição do evento trouxe ao público diferenciais, como a apresentação de equipamentos para agricultura familiar. “Conseguimos trazer, da Embrapa e de parceiros, as pequenas máquinas, para mostrar que é factível mecanizar um pouco o trabalho da agricultura familiar e reduzir a penosidade do trabalho”, destacou ela.

Lúcia ressaltou que o evento, ao permitir debates sobre temas de relevância, como a inclusão socioprodutiva, e abrir espaços para diferentes instituições parceiras, se fortalece como campo para debate de políticas públicas e também mostrar que os resultados dessas políticas já se fazem presentes no campo, por meio de tecnologias e resultados de projetos.

Um exemplo é o Sal da Terra, tecnologia que já trabalhamos desde a fundação da Embrapa Semiárido e que foi se expandindo até se transformar em projeto de agricultura biossalina, que poderá ser replicado em vários estados do Nordeste”, destacou ela, que também mencionou a contribuição da Embrapa com tecnologias para programas governamentais, como as alternativas de captação de água da chuva para o Programa Cisternas, do Governo Federal.

Apresentamos aqui na vitrine opções, tanto da cisterna circular como da cisterna calçadão, além dos quintais produtivos, que são fontes importantes, não só para segurança hídrica, mas também para segurança alimentar. Em um pomar pode ser produzida uma série de alimentos que o produtor pode comercializar e gerar uma renda extra”, exemplificou a pesquisadora.

Espaço para visitas e negócios

O Semiárido Show abriu espaço para públicos diversos, que vieram tanto visitar a feira para ter mais informações sobre tecnologias e práticas agropecuárias, como também para fazer negócios. Gislei Kauane, aluna de Zootecnia da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), afirmou que o evento serve como vitrine para que os estudantes possam conhecer, entre outros temas, alguns dos frutos da região. “A parte que mais achei interessante foi a do estudo do licuri, a gente não tem costume de destrinchar uma coisa que é nossa”, disse a estudante.

Maria Alves Rodrigues, produtora rural de Barra dos Mendes (BA), destaca que teve um rico conhecimento adquirido na área de horticultura e pecuária ao longo do evento “É fantástico, a gente aprende muito. A cada dia aprendemos coisas novas, gosto muito de estar participando”, contou.

O evento trouxe oportunidades para empreendedores, em espaços como a Vila da Economia Solidária. Lá, o produtor rural Dilson Menezes, da Produtos Albatroz, de Itabuna (BA), trouxe derivados de cacau e leite de cabra para comercializar. Ele participa da Vila pela quinta vez e afirmou ficar impressionado pela organização do evento. “Nosso Nordeste é muito rico, temos coisas excelentes que deveriam ser conhecidas por todo Brasil. Esse evento deveria ser realizado todos os anos para ter mais visibilidade”, avaliou Dilson.

Fonte: Blog do Carlos Britto

Imagem: Saulo Coelho/Divulgação

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